sexta-feira, 18 de março de 2011

PARABÉNS, ELIS REGINA!





                      "Sempre vou viver como camicase. É isso que me faz ficar de pé".
                                                                                                    Elis Regina


A história iniciada em 17 de fevereiro de 1945, em Porto Alegre, trágica e precocemente interrompida em 19 de janeiro de 1982, em São Paulo, todos já a conhecem.
Aqui, hoje, como homenagem ao seu aniversário-faria 66 anos- fica o registro de uma da mais impressionantes interpretações de um lindo clássico da musica brasileira, de autoria de um grande compositor, Ary Barroso. O que se vê e ouve esse fenômeno do canto popular fazer com "Na Baixa do Sapateiro" é algo estonteante, experiência ímpar no apreciar uma cantora se entregar à música, extraindo da mesma sentimentos e emoções nunca ouvidos nas centenas de versões (interpretações) nas mais variadas vozes de nossa música.
Essa obra prima foi extraída de uma de suas duas apresentações, em julho de 1979, na 13ª edição do "Montreux Jazz Festival, realizado anualmente na Suíça.
O jornalista, crítico  de música, compositor, produtor, escritor Nelson Motta enviado pelo jornal "O Globo" e "TV Globo" para cobrir essa noite do festival disse sobre os jornalistas estrangeiros que assistiam a apresentação de Elis:
(...) os estrangeiros estavam maravilhados com sua afinação, seu timbre belíssimo, sua técnica impecável, sua tensão criativa.
Elis estava, a partir dessa passagem por Montreux pronta para, já, no início da década que viria, cantar, encantar e conquistar todas as platéias do mundo. 

AC Ribeiro Jr.


                            Baixa dos Sapateiros, Salvador da Bahia, circa 1940


Na Baixa do Sapateiro


Bahia, terra da felicidade
Moreno!
Eu ando louca de saudade
Meu Senhor do Bonfim
Arranje outro moreno
Igualzinho, prá mim...
Na Baixa do Sapateiro
Eu encontrei um dia
Um moreno mais folgado
Da Bahia
Pedi-lhe um beijo, não deu
Um abraço, sorriu
Pedi-lhe a mão
Não quis dar
Fugiu...
Bahia
Terra de felicidade
Moreno!
Eu ando louca de saudade
Meu Senhor do Bonfim
Arranje outro moreno
Igualzinho prá mim
Ai Bahia, ai, ai...
Ai Bahia, ai, ai...
Ary Barroso






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