terça-feira, 19 de abril de 2011

70 ANOS, ROBERTO CARLOS. É UMA BRASA, MORA!



"Desde os 11 anos mergulhado na beatlemania e no     rock, afastei-me de Cachoeiro do Itapemirim. 
 Londres era o objetivo, e o Roberto dos botões da blusa, dos caminhoneiros, dos taxistas e das gordinhas de óculos ficava pra trás."
(Paulo Ricardo, cantor, compositor e baixista do RPM na Folha de S. Paulo)





Rei desde os anos 60 Roberto Carlos marcou e/ou influenciou a vida de muitos fãs, artistas e músicos nesses praticamente 50 anos de carreira.
Do iê-iê-iê, conhecido por Jovem Guarda no início de seu estrondoso sucesso, passando pela "fase black"-influência de seu amigo Tim Maia e de seu eterno parceiro/amigo Erasmo Carlos, ambos loucos por soul music americana-na virada dos 60 para os 70, atravessando os mesmos anos 70 arrebatando corações com suas baladas pegajosas, temas religiosos, trilha sonora para motel, entrando nos "modernos" anos 80 levantando bandeiras ecológicas, chegando aos esperançosos anos 90 se aproxima do "country brega" e, até chegar aos dias de hoje cultuado por  uma nova geração de fãs de no máximo 30 anos lotando os seus shows, comprando os seus discos, os seus DVDs, baixando na internet suas músicas, Roberto Carlos mantem-se no topo onde, aliás, nunca deixou de estar.
Goste você de uma ou outra fase de sua carreira, ou simplesmente não goste de nenhuma-Roberto Carlos é, e será, o nosso maior vendedor de discos de todos tempos e um dos principais compositores-indiferente a toda essa história você não ficará.
Parabéns, Rei!!!
(AC Ribeiro Jr.)


"Aquela obra fantástica dos 60 e 70 não podia ser menosprezada."
(Edgar Escandurra, guitarrista ex-Ira! na Folha de S. Paulo) 


As Curvas da Estrada de Santos

Se você pretende saber quem eu sou
Eu posso lhe dizer
Entre no meu carro e na estrada de Santos
Você vai me conhecer
Você vai pensar que eu não gosto nem mesmo de mim
E que na minha idade
Só a velocidade anda junto a mim
Só ando sozinho
E no meu caminho
O tempo é cada vez menor
Preciso de ajuda, por favor, me acuda
Eu vivo muito só
Se acaso numa curva eu me lembro do meu mundo
Eu piso mais fundo,corrijo num segundo
Não posso parar
Eu prefiro as curvas da estrada de Santos
Onde eu tento esquecer
Um amor que eu tive
E que vi pelo espelho na distancia se perder
Mas se o amor que eu perdi eu novamente encontrar
As curvas se acabam
E na Estrada de Santos nao vou mais passar
(Roberto Carlos & Erasmo Carlos)







segunda-feira, 4 de abril de 2011

EXAGERADO CAZUZA



"O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza  impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não doi.      
(Cazuza)
                                                           
                                                                                                                                                 




É impressionante pois, passados pouco mais de vinte anos que Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza, nos deixou e a legião de fãs e cultuadores de suas músicas e das suas poesias só aumenta.
Há no mercado editorial uma biografia sua de enorme sucesso, lançada há alguns anos atrás e, também, um livro contando a história do Barão Vermelho com enfoque maior, claro, no período onde o "enfant terrible" esteve a frente da competente banda, desfilando os seus belos versos, no efervecente cenário do BRock nos saudosos anos 80.
Escreveu e cantou intensamente e exageradamente tudo o que viveu. Suas letras exalavam a rebeldia juvenil, a dor do amor, a desesperança no poder e no futuro e a doença que o abateu e o levou de nosso convívio.
É impressionante constatar essa adoração ao poeta ao lermos nos sites de relacionamentos, blogs e mini blog páginas e páginas dedicadas à sua obra, sejam as suas sempre polêmicas frases e opiniões a respeito de tudo a sua volta ou trechos de suas belíssimas letras.
Hoje, 04 de abril, se vivo estivesse, completaria 53 anos de idade.
Parabéns, poeta!
(A C Ribeiro Jr.)



Sou feliz e trago as provas
Nos meus olhos molhados
E vejo a vida tão diferente
Eu já posso entender
A inocência do prazer

(Inocência do Prazer)


Amor,meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira

(Amor Meu Grande Amor)


Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

(Codinome Beija-Flor)


E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais

(Exagerado)



MAL NENHUM


Nunca viram ninguém triste?
Por que não me deixam em paz?
As guerras são tão tristes
E não tem nada demais

Me deixem, bicho acuado
Por um inimigo imaginário
Correndo atrás dos carros
Como um cachorro otário

Me deixem, ataque equivocado
Por um falso alarme
Quebrando objetos inúteis
Como quem leva uma topada

Me deixem amolar e esmurrar
A faca cega, cega da paixão
E dar tiros a esmo e ferir
O mesmo cego coração

Não escondam suas crianças
Nem chamem o síndico
Nem chamem a polícia
Nem chamem o hospício, não

Eu não posso causar mal nenhum
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim

(CAZUZA/LOBÃO)