"O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não doi.
(Cazuza)
É impressionante pois, passados pouco mais de vinte anos que Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza, nos deixou e a legião de fãs e cultuadores de suas músicas e das suas poesias só aumenta.
Há no mercado editorial uma biografia sua de enorme sucesso, lançada há alguns anos atrás e, também, um livro contando a história do Barão Vermelho com enfoque maior, claro, no período onde o "enfant terrible" esteve a frente da competente banda, desfilando os seus belos versos, no efervecente cenário do BRock nos saudosos anos 80.
Escreveu e cantou intensamente e exageradamente tudo o que viveu. Suas letras exalavam a rebeldia juvenil, a dor do amor, a desesperança no poder e no futuro e a doença que o abateu e o levou de nosso convívio.
É impressionante constatar essa adoração ao poeta ao lermos nos sites de relacionamentos, blogs e mini blog páginas e páginas dedicadas à sua obra, sejam as suas sempre polêmicas frases e opiniões a respeito de tudo a sua volta ou trechos de suas belíssimas letras.
Hoje, 04 de abril, se vivo estivesse, completaria 53 anos de idade.
Parabéns, poeta!
(A C Ribeiro Jr.)
(A C Ribeiro Jr.)
Nos meus olhos molhados
E vejo a vida tão diferente
Eu já posso entender
A inocência do prazer
(Inocência do Prazer)
Amor,meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira
(Amor Meu Grande Amor)
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
(Codinome Beija-Flor)
E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais
(Exagerado)
MAL NENHUM
Nunca viram ninguém triste?
Por que não me deixam em paz?
As guerras são tão tristes
E não tem nada demais
Me deixem, bicho acuado
Por um inimigo imaginário
Correndo atrás dos carros
Como um cachorro otário
Me deixem, ataque equivocado
Por um falso alarme
Quebrando objetos inúteis
Como quem leva uma topada
Me deixem amolar e esmurrar
A faca cega, cega da paixão
E dar tiros a esmo e ferir
O mesmo cego coração
Não escondam suas crianças
Nem chamem o síndico
Nem chamem a polícia
Nem chamem o hospício, não
Eu não posso causar mal nenhum
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim
(CAZUZA/LOBÃO)
Muito linda a homenagem! Saudades do poeta...
ResponderExcluirParabéns pelo post!
Bjs!