sábado, 23 de julho de 2011

DESCANSE EM PAZ, AMY!



"They tried to make me go to rehab
But I said 'no, no, no'
Yes, I've been black, but when I come back
You'll know-know-know"
(Rehab - Amy Winehouse)








Que tristeza...Parafraseando o magnífico escritor colombiano Grabiel Garcia Marques no título de seu livro de 1981: "Crônica de Uma Morte Anunciada"
Perdemos, hoje, aos 27 anos - que maldição é regida aos ícones da música morrer com essa idade? - um grande talento da música mundial, a maravilhosa branquela inglesa de alma negra, Amy Jade Winehouse.



Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa em Londres


A maldição de morrer aos 27 anos de idade: Robert Johnson, Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Kurt Kobain, Amy Winehouse....todos mortos com esta idade.
Que ela, enfim, encontre a paz...
(AC Ribeiro Jr.)






quarta-feira, 11 de maio de 2011

BOB MARLEY, JAH LIVES!



" O que nós, negros, realmente queremos é o direito de estarmos certos e o direito de estarmos errados."
                                                                  (Bob Marley)




Como muitas almas iluminadas a terem passado pelo nosso planeta, tal qual um cometa rasgando o nosso céu e em um piscar de olhos sumindo universo a dentro Robert Nasta Marley, ou simplesmente Bob Marley, em um breve espaço de tempo surgiu, nos inundou de música, alegria, palavras de esperança, mensagens de união aos sofridos irmãos africanos religião rastafari, e nos deixou.
Elevado ao status de primeiro mega ídolo oriundo do terceiro Mundo, isso a partir de 1973 com o lançamento do obrigatório "Catch a Fire" colocou a ilha caribenha de "Xamayca", nome original nativo da "Jamaica", descoberta por Cristóvão Colombo em 1494, nas publicações de música "Melody Maker" e "New Music Express" conquistando críticos de músicas, músicos e fãs consumidores de shows e discos no Reino Unido pelos próximos três anos. Em 1976, com o incendiário "Positive Vibration" é descoberto pelo mercado americano. No ano seguinte, o emblemático ano de 1977, com o lançamento de "Exodus"-considerado um dos melhores álbuns do século 20, disco recheado de maravilhas tais como "Natural Mystic", "Guiltness", "Exodus", "Jamming", "Waiting in Vain", a deliciosa "One love/People Get Ready" entre outras-conquista platéias de várias partes do mundo muito mais pelo efeito hipinótico da batida do reggae, da dança proporcionada pelo groove do que pelo teor das letras carregadas de denuncias contra o povo pobre e excluído do terceiro mundo, das favelas nas concrete jungles.
Para nós, no Brasil, sob um regime militar austero a popularização da música e da filosofia rasta pregada por Bob Marley chegou tardiamente, fracionada, em parte censurada. A gravação e o retumbante sucesso da linda "No Woman No Cry", em 1979, por Gilberto Gil, fã incondicional da cultura Afro feita em todo o   mundo abriu definitivamente as portas para Bob Marley em nosso país.
No final da década de 70 as várias etnias africanas elegeram Bob Marley  ao lado do pugilista Cássius " Muhammad Ali" Clay, o jogador de futebol brasileiro Pelé e o "grandfather of soul" James Brown como legítimo representante do orgulho negro.
Inicia-se a nova década, a de 80, com disco lançado-o belo e forte "Uprising"-e tournê mundial em andamento após um desmaio em um concerto e o cancelamento do restante da turnê descobre-se timidamente que algo estava acontecendo com o jamaicano. Tudo sempre foi muito abafado e soube-ser posteriormente que Bob Marley foi diagnosticado com câncer no pé em 1977, depois alastrado para o pulmão e para a cabeça.
Então, no dia 11 de maio de 1981, ainda sob o duríssimo impacto da perda recente do genial John Lennon é comunicado o falecimento de Bob Marley.
Passados esses 30 anos sua música nunca esteve tão atual e moderna conquistando novas e novas gerações de fãs. Jah lives!
(AC Ribeiro Jr.)





"Deus criou as pessoas em technicolor. Deus nunca fez diferenças entre negro, branco, azul, verde ou cor de rosa. As pessoas são pessoas, sabes? Esta é a mensagem que tentamos divulgar."


"A justiça tem que cobrir a terra, assim como a água cobre o mar."


Não, eu não quero o sucesso. Sucesso é nada. Entende o que eu quero dizer? Se você segue o sistema, o sistema mata você."





Concrete Jungle


No sun will shine in my day today
(No sun will shine.)
The high yellow moon won't come out to play
(Won't come out to play.)
Darkness has covered my light (and has changed,)
And has changed my day into night
Now where is this love to be found, won't someone tell me?
'Cause life, sweet life, must be somewhere to be found, yeah
Instead of a concrete jungle where the livin' is hardest
Concrete jungle, oh man, you've got to do your best, yeah.
No chains around my feet, but I'm not free
I know I am bound here in captivity
And I've never known happiness, and I've never known sweetcaresses
Still, I be always laughing like a clown
Won't someone help me?
Cause, sweet life, I've, I've got to pick myself from off theground, yeah
In this here concrete jungle,
I say, what do you got for me now?
Concrete jungle, oh, why won't you let me be now?
I said life, sweet life, must be somewhere to be found, yeah
Instead of a concrete jungle, illusion, confusion
Concreate jungle, yeah
Concrete jungle, you name it, we got it, concrete jungle now
Concrete jungle, what do you 
got for me now
(Bob Marley)



Selva de Concreto




Nenhum sol vai brilhar no meu dia hoje
(Nenhum sol vai brilhar)
A alta lua amarelada não sairá pra brincar
(não sairá pra brincar)
A escuridão tem coberto minha luz (e transformou)
E transformou meu dia em noite
Agora aonde o amor está e pode ser encontrado? Alguém vai me contar?
Pois a vida, doce vida, deve estar em algum lugar para ser encontrada
Ao invés de selva de concreto onde viver é tão mais difícil!
Selva de concreto, cara, você tem de dar tudo de si, sim.


Mesmo sem correntes nos pés, mas não estou livre...
Sei que estou aqui, amarrado e cativo
Jamais conheci a felicidade, e nunca soube o que é uma doce carícia
Vou sempre gargalhar como um palhaço
Ninguém vai me socorrer porque
Devo me erguer sozinho deste chão
Nesta selva de concreto
Eu digo, o que você tem agora para mim?
Selva de concreto, Ah não vai agora me deixar na mão...


Eu disse que a vida deve ser um lugar para ser encontrada, sim
Em vez de uma selva de concreto, ilusão, confusão
Selva de concreto, sim
Selva de concreto, você nomeou isso, você teve isso, agora selva de concreto


Selva de concreto, o que você tem pra min agora?

(Bob Marley)
















terça-feira, 19 de abril de 2011

70 ANOS, ROBERTO CARLOS. É UMA BRASA, MORA!



"Desde os 11 anos mergulhado na beatlemania e no     rock, afastei-me de Cachoeiro do Itapemirim. 
 Londres era o objetivo, e o Roberto dos botões da blusa, dos caminhoneiros, dos taxistas e das gordinhas de óculos ficava pra trás."
(Paulo Ricardo, cantor, compositor e baixista do RPM na Folha de S. Paulo)





Rei desde os anos 60 Roberto Carlos marcou e/ou influenciou a vida de muitos fãs, artistas e músicos nesses praticamente 50 anos de carreira.
Do iê-iê-iê, conhecido por Jovem Guarda no início de seu estrondoso sucesso, passando pela "fase black"-influência de seu amigo Tim Maia e de seu eterno parceiro/amigo Erasmo Carlos, ambos loucos por soul music americana-na virada dos 60 para os 70, atravessando os mesmos anos 70 arrebatando corações com suas baladas pegajosas, temas religiosos, trilha sonora para motel, entrando nos "modernos" anos 80 levantando bandeiras ecológicas, chegando aos esperançosos anos 90 se aproxima do "country brega" e, até chegar aos dias de hoje cultuado por  uma nova geração de fãs de no máximo 30 anos lotando os seus shows, comprando os seus discos, os seus DVDs, baixando na internet suas músicas, Roberto Carlos mantem-se no topo onde, aliás, nunca deixou de estar.
Goste você de uma ou outra fase de sua carreira, ou simplesmente não goste de nenhuma-Roberto Carlos é, e será, o nosso maior vendedor de discos de todos tempos e um dos principais compositores-indiferente a toda essa história você não ficará.
Parabéns, Rei!!!
(AC Ribeiro Jr.)


"Aquela obra fantástica dos 60 e 70 não podia ser menosprezada."
(Edgar Escandurra, guitarrista ex-Ira! na Folha de S. Paulo) 


As Curvas da Estrada de Santos

Se você pretende saber quem eu sou
Eu posso lhe dizer
Entre no meu carro e na estrada de Santos
Você vai me conhecer
Você vai pensar que eu não gosto nem mesmo de mim
E que na minha idade
Só a velocidade anda junto a mim
Só ando sozinho
E no meu caminho
O tempo é cada vez menor
Preciso de ajuda, por favor, me acuda
Eu vivo muito só
Se acaso numa curva eu me lembro do meu mundo
Eu piso mais fundo,corrijo num segundo
Não posso parar
Eu prefiro as curvas da estrada de Santos
Onde eu tento esquecer
Um amor que eu tive
E que vi pelo espelho na distancia se perder
Mas se o amor que eu perdi eu novamente encontrar
As curvas se acabam
E na Estrada de Santos nao vou mais passar
(Roberto Carlos & Erasmo Carlos)







segunda-feira, 4 de abril de 2011

EXAGERADO CAZUZA



"O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza  impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não doi.      
(Cazuza)
                                                           
                                                                                                                                                 




É impressionante pois, passados pouco mais de vinte anos que Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza, nos deixou e a legião de fãs e cultuadores de suas músicas e das suas poesias só aumenta.
Há no mercado editorial uma biografia sua de enorme sucesso, lançada há alguns anos atrás e, também, um livro contando a história do Barão Vermelho com enfoque maior, claro, no período onde o "enfant terrible" esteve a frente da competente banda, desfilando os seus belos versos, no efervecente cenário do BRock nos saudosos anos 80.
Escreveu e cantou intensamente e exageradamente tudo o que viveu. Suas letras exalavam a rebeldia juvenil, a dor do amor, a desesperança no poder e no futuro e a doença que o abateu e o levou de nosso convívio.
É impressionante constatar essa adoração ao poeta ao lermos nos sites de relacionamentos, blogs e mini blog páginas e páginas dedicadas à sua obra, sejam as suas sempre polêmicas frases e opiniões a respeito de tudo a sua volta ou trechos de suas belíssimas letras.
Hoje, 04 de abril, se vivo estivesse, completaria 53 anos de idade.
Parabéns, poeta!
(A C Ribeiro Jr.)



Sou feliz e trago as provas
Nos meus olhos molhados
E vejo a vida tão diferente
Eu já posso entender
A inocência do prazer

(Inocência do Prazer)


Amor,meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira

(Amor Meu Grande Amor)


Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

(Codinome Beija-Flor)


E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais

(Exagerado)



MAL NENHUM


Nunca viram ninguém triste?
Por que não me deixam em paz?
As guerras são tão tristes
E não tem nada demais

Me deixem, bicho acuado
Por um inimigo imaginário
Correndo atrás dos carros
Como um cachorro otário

Me deixem, ataque equivocado
Por um falso alarme
Quebrando objetos inúteis
Como quem leva uma topada

Me deixem amolar e esmurrar
A faca cega, cega da paixão
E dar tiros a esmo e ferir
O mesmo cego coração

Não escondam suas crianças
Nem chamem o síndico
Nem chamem a polícia
Nem chamem o hospício, não

Eu não posso causar mal nenhum
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim

(CAZUZA/LOBÃO)






terça-feira, 22 de março de 2011

JORGE, O PONTA DE LANÇA


"E os raios de Xangô trouxeram, da Mãe África, o couro dos tambores fertilizando o DNA das novas gerações elétricas eletrônicas globalizadas, e apontando a música do futuro."   

                                                                 (AC Ribeiro Jr.)






Parabéns, Jorge Ben!
E para ilustrar essa data nada melhor do que falar do grande encontro de um dos mestres do Hip Hop nacional, Mano Brown dos Racionais e Jorge Ben, com sua trajetória de 48 anos de música, sons, poesia, palavras, sucessos e influências por todo o planeta.
Esse encontro fez parte de um projeto para coincidir com a realização da Copa do Mundo De Futebol na África do Sul, realizada em junho/julho do ano passado. O tema escolhido foi, obviamente por falar sobre futebol, "Ponta de Lança Africano (Umbabarauma)", clássico de Jorge Ben Jor, gravado no clássico disco Áfrca-Brasil, de 1976. A gravação foi realizada no estúdio YB, em São Paulo, em março de 2010, tendo as Negresko Sis-maravilhoso trio formado pelas belas  cantoras  Anelis Assumpção, filha do incrível Itamar Assumpção, Thalma de Freitas, filha do excelente pianista, compositor, maestro Laércio de Freitas, e a "avant la lettre" Céu-nos deliciosos backing vocals. Zé Gonzales (ex-Planet Hemp, N.A.S.A.) produziu a música ao lado do antenado e criativo Daniel Ganjaman (Instituto). Gabriel Ben Menezes, filho do Jorge Ben, Duani Martins, Gustavo da Lua e Pupillo (Nação Zumbi) também participaram da gravação.
O projeto, patrocinado pela Nike, reuniu 11 pessoas, em uma clara referência a um time de futebol. 
É samba, soul, rock, funk, hip hop, tambor, eletrônica, África-Brasil.

AC Ribeiro Jr.



                                             Ben & Mano



               Daniel Ganjaman, Zegon & Gabriel Ben Menezes


             As lindíssimas Negresko Sis ( Thalma de Freitas,                  Anelis Assumpção e Céu)



Ponta de Lança Africano


Umbabarauma homem-gol
Umbabarauma homem-gol
Umbabarauma homem-gol
Umbabarauma homem-gol
Joga bola, joga bola Jogador
Joga bola, joga bola Corocondô
Pula, cai, levanta
Mete gol, vibra
Abre espaço, chuta e agradece
Olha que a cidade
Toda ficou vazia
Nessa tarde de domingo
Só pra lhe ver jogar
Umbabarauma homem-gol
Umbabarauma homem-gol
Umbabarauma homem-gol
Joga bola jogador
joga bola corocondô
Joga bola jogador
joga bola corocondô
Rere, rere, rere jogador
Rere, rere, rere corocondô
Rere, rere, rere jogador
Rere, rere, rere corocondô
Tererê, tererê, tererê, tererê
Tererê homem gol
Tererê, tererê, tererê, tererê
Tererê homem gol
Umbabarauma quero ver você jogar
Umbabarauma quero ver você marcar
Umbabarauma quero ver você jogar
Umbabarauma quero ver você marcar
Arerê, Arerê, Arerê papá
Arerê, Arerê, Arerê papá
Arerê, Arerê, Arerê papá
Arerê, Arerê, Arerê papá
Ponta de lança Africano quero ver
Quero ver a rede balançar
A galera quer sorrir, a galera quer cantar
A galera tá feliz, ela quer comemorar
Umbabarauma homem-gol
Umbabarauma homem-gol
Umbabarauma homem-gol
Umbabarauma homem-gol
(Mano Brown)
Era eu, era meu mano, era meu mano mais eu
Pobre louco no bang como o bom Deus deu
E de bang a bang pra juntar 10 conto
Torto e tonto de fome, foi sempre assim.
Nada mais que um jogo eu sei, eu sei sim
Aqui Morumbi, a fé é o que me move
Meu camisa 9 treinou bem vai jogar
Sábado da final, salve o nosso natal.
Que a vida excita o mal, mas só por milagre
Um leão com cabeça de bagre
Sob assédio do crime
E sem gostar de ninguém
Meu time que é quem me inspira
Por falta de alguém
Onde e como ele tiver, tente se puder
Corajoso no domingo chuvoso a pé
Só quem é, é rato de estádio, sabia.
No rádio já dizia estamos em minoria
Quem achou, quem diria, sonhei com este dia
São quase 10 anos sem gritar campeão
São Paulo ta vazio, 100 mil Morumbi, eu li
Que o adversário é forte, e vai ser tri
Atenção Brasil, atenção..
Que a bola vem
Quase sem pretensão..
Aos 27
O Silêncio que antecede a explosão
Crioulo rei tem a sorte
Vida e morte no clássico, sim
Momento mágico pra mim sofredor
Passe curto pelo meio
Vem da intermediária que alcança
O meia-esquerda vai à linha de fundo
A bola
Bate rasteira
Cruza a pequena área
Aos pés Do nosso herói
No sentido de gol...
Umbabarauma homem-gol
Umbabarauma homem-gol
Umbabarauma homem-gol
Umbabarauma homem-gol
Umbabarauma homem-gol
Umbabarauma homem-gol

(Jorge Ben/Mano Brown)